Esta
é uma pergunta comum, feita a cada final de ano. Muitas pessoas, em meio a
diversos problemas ou em meio a um ano em que as coisas ficaram bastante
difíceis, anseiam por um novo ano que traga alegrias.
Mesmo
sendo um anseio comum, ele não faz sentido. As coisas não mudam de forma mágica
a depender da data do calendário.
Se
você terminar 2025 com a conta no vermelho, adivinhe? Ela ainda estará no
vermelho dia 1 de janeiro. E isso vale para qualquer problema ou luta que
esteja travando. A mudança do calendário não tem o poder de fazer novas todas
as coisas.
Uma pesquisa feita em nível global apontou que os brasileiros estão entre os mais otimistas em relação ao ano que entra. 80% dos entrevistados acreditam que 2026 será um ano melhor. Na contramão, o Banco Central prevê o menor ritmo do crescimento do PIB em seis anos e um contexto de juros elevados.
Como cristão, quais são as suas expectativas? O que você anseia? Creio que a primeira questão a se considerar é que cristãos precisam estar bem conscientes de que a esperança não está em um novo ano, mas no Senhor.
A
despeito de tudo o que ocorreu este ano e de tudo o que pode acontecer no ano
vindouro, sua convicção deve ser a de que o Senhor Jesus Cristo, que prometeu
estar com os seus todos os dias, até a consumação dos séculos, cumpriu sua
promessa neste ano e continuará cumprindo até o fim.
Firmado
nesta convicção, seguem algumas verdades que podem trazer consolo e esperança
ao seu coração:
1.
Sua esperança precisa permanecer no Senhor – O salmista afirma que “uns
confiam em carros, outros em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do
Senhor, nosso Deus” (Sl 20.7).
2.
Em Cristo há alegria, a despeito das circunstâncias – Paulo ensinou aos
filipenses: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei
estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias,
já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como
de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.11-13).
3.
Aconteça o que acontecer, nada o separará de Cristo – “Quem nos separará do
amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou
nudez, ou perigo, ou espada? [...] Porque eu estou bem certo de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente,
nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer
outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor” (Rm 8.35,38-39).
Estas e tantas outras verdades ensinadas nas Escrituras podem fazer descansar o seu coração, ainda que você não saiba o que ocorrerá no ano que se aproxima. Quanto mais você se empenhar em conhecer a Cristo, o Salvador, mais sossegado estará o seu coração.
Matthew Henry, comentando o Salmo 37, escreve:
“Nós devemos ficar contentes pela
existência de um Deus, que é único como ele revelou que é, e que ele é nosso
Deus na aliança. Nós devemos ter prazer na sua beleza, generosidade e
benignidade. As nossas almas devem retornar a ele e repousar nele, tendo nele o
seu descanso e a sua porção para sempre. Estando satisfeitos na sua
benignidade, nós temos que nos satisfazer com ela e fazer dela a nossa alegria
sem fim, (Sl 43.4). Nós somos ordenados (v. 3) a fazer o bem e a seguir essa
ordem de ter prazer em Deus, que é mais um privilégio do que uma obrigação. Se
nós temos consciência da obediência a Deus, nós podemos então ter o conforto da
tranquilidade nele”.

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